domingo, 28 de agosto de 2011

5 Dicas para o Mike Mearls tentar salvar a 4e

Bom dia/tarde/noite,

Como eu comentei em outros posts, para mim, a 4e já "quebrou" e está praticamente "beyond salvation" (preferi o termo em ingles, pois "além da salvação" é bem fuleiro). Por outro lado também não vejo o anuncio da 5e num futuro próximo.

Apesar de saber que a chance do Mike Mearls (Lead Caganator da 4e) ler esse post e efetivamente usar alguma destas sugestões para de forma efetiva em livros é praticamente zero, não custa nada postar e falar que pelo menos eu tentei ajudar.

Ai vão as minhas dicas

1. Redução (quiçá) eliminação dos poderes.
Um passo importante foi dado com o Essentials, mas para que o jogo realmente ficasse correto, teria que ir mais além. Por exemplo, eu eliminaria qualquer at-will de Mago e Clérico.

2. Revisão da Skill List
Quando você monta um personagem as escolhas de Skills são praticamente nulas, ainda mais se o personagem for humano. Acaba ficando com uma ou no máximo duas skills não treinadas. Sinto falta de coisas básicas tipo climb, cooking, rope use, knowledge, riding land based, herbalism, direction sense, dentre outras tantas (desculpem-me pelos termos em inglês é que eu nunca fiz ficha em pt-br). Para o personagem ficar interessante ele precisa de ter identidade, e uma forma de dar isso, é através de uma maior variedade de perícias para ele escolher

3. Carisma não mata ninguém! Limitem os Feats!
Pelo amor de Tarkhisis! Permitir que se dê ataques corpo a corpo com o bonus de ataque de carisma, de quem foi essa ideia genial? Até aceito que uma ou outra classe de spell casters soltem magias baseadas no carisma, mas dar uma espadada atacando com o seu atributo de "beleza" é ir bem longe. Esse "cagada" foi promovida devido aos inúmeros feats que foram sendo adicionados ao jogo, e a necessidade de equiparação. Entendam que SEMPRE coerência é mais importante que equivalência. Solução é limar a lista de feats para mais ou menos 1/5 do que ela é hoje, e criar feats com menos bonus diretos.

4. Refazer a mecânica de Healing Surges e HP
Apesar de entender os conceito proposto, na prática é muito paia, o cara apanhar para caralho no combate, chegar no fim todo estrupiado e gastar 3 ou 4 HS para ficar "zerado". Minha sugestão é:
- Dividir o HP em dois.
- Um bloco será Phisical Damage e o outro Stamina Damage (cada 1 com 50% do total de HP)
- Quando se toma um dano "normal" no combate, se perde primeiro o Stamina, quando este chega a zero, começa a perder phisical. (Olha o conceito de bloodied ai!)
- O dano de Stamina pode ser recuperado após cada combate (olha os 5 min rest!)
- Já o dano phisical só recupera magicamente ou com o tempo (1 HP por dia)
- Alguns danos podem afetar diretamente o phisical sem passar pelo stamina (olha o backstab aí)

5. Skill Challenge não é Role Play
Muita gente confunde Role Play com Non Combat Encounters, incluse o pessoal do desenvolvimento da 4e. Os skills challenges tiram da mão do jogador a responsabilidade do "como fazer", apenas rolam dados para ver quantos sucessos obtiveram. É importante que os jogadores sejam colocados em situações onde eles, pensando como seus personagens proponham soluções para problemas (muitas vezes mundanos) que lhes são apresentados nas sessões. Por exemplo, coloque seus jogadores perante o desafia de transpor um rio ou obter uma informação, sem que a solução seja "3 sucessos em teste de athletitcs ou 2 sucessos em diplomacy/streetwise. É claro essa "solução" para salvar a 4e cabe mais aos DM's, mas os livros e aventuras deveriam incentivar este tipo de interação

#ficadica

Além do que eu citei, você teria alguma dica para Mike Mearls?
Comente ai embaixo!

NC.

7 comentários:

  1. Eu discordo com muita coisa pois tenho uma visão diferente. Mesmo assim respeito sua visão e é muito bom ver alguém que ainda tem esperanças na quarta edição!

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  2. Esse número 4 fica muito bem como uma houserule. Vou abstrair mais esse, o restante achei meio exagerado, já que a 4ª propoe toda essa sistemática por motivos que transparecem bem nos livros.

    Sucesso com o blog!
    http://www.cavaleirosdasnoitesinsones.com.br/

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  3. Eu ja abri mão de D&D faz tempo... Vou investir em Old Dragon e ser feliz... rs

    Otimo post...

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  4. O que se anda dizendo por aí eh que o Mearls é o maior fã de jogos old school. Ele mesmo joga uma campanha de AD&D e vez por outra faz comentarios sobre velhos estilos de jogo no seu blog. Como vc ressaltou em seu artigo, do jeito que está nos livros não dá mesmo. Mas espero que o Mike coloque o melhor do velho e o melhor do novo num futuro D&D.

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  5. Shaolin/FenrirX: Eu nunca deixei de gostar de DnD, mas realemente a 4e deu uma broxada. Parece jogo de "beat em up" no começo você acha foda, mas depois fica "é só isso". O sistema de combate é execelente, talvez por isso os outros aspectos tenham ficado de lado

    Thiago: Old dragon é bacana. Como os proprios autores colocaram eles fizeram um apanhado do que tinha de bom nas 3 primeiras edições. Ficou um ótimo trabalho, recomendo a todos.

    Nestor: O Mearls pode até ser fa de DnD old school, mas ele ficou famoso por ser um game designer moderno (ele fez um jogo chamado Iron Heroes que teve relativo sucesso). Apesar de tudo tenho impressão que essas campanhas de AD&D surgiram muito como trabalho que diversão. Já foi dito por ai que eles estão jogadndo TODAS as edições de DnD para descobrir e resgatar o que ficou para tras

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  6. Só pra constatar, a idéia de bater com destreza e carisma ao meu ver é mais ou menos usar a habilidade para bater de um jeito diferente. Quem luta sabe: Carisma pode ser um blefe, uma finta para acertar o oponente aonde dói, ou pegar de jeito. Destreza para acertar rápido e no lugar certo. Sabedoria poderia ser conceitos de juntas, músculos ou pontos de pressão/acupuntura (assim como inteligencia).

    Pretendo ainda fazer um post sobre isso, e espero ter te convencido xD

    Continue com o bom trabalho nesse excelente blog!

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  7. Eu não concordo com 4 das 5 críticas. A primeira é mais obvia em vez de tirar os poderes a vontade era melhor que TODOS os poderes fossem a vontade, mostrando que são tecnicas que você usa regularmente.

    Quanto as pericias, de fato é dose de lão saber que não tem uma pericia oficios para você que quer tecer uma corda. Mas considerando que o jogo é focado em combate ficar apenas com pericias que podem ser usadas em combate ou para achar o combate faz bem o papel esperado. Eu simplesmente deixaria os jogadores criarem as pericias que eles querem ao invez de fazer uma lista de pericia, escolhe ter cozinhar quem quizer, assim como arte do chã e cabe ao mestre usar isso em jogo.

    o D&D 4Ed se baseia no melhor dos atributos. Sempre, pra mim tiram todos os talentos e vc escolhe o bonus que quer usar para cada poder. Se vc quer ser um ladino de constituição vá em frente, vai ser tão eficiente quanto um de sabedoria ou inteligência.

    Não tenho problemas com a cura, mas por mim dá logo regeneração pros jogadores. Igual a qualquer MMO, fora de combate vc se cura sempre até o máximo. em combate alguns poderes poderiam curar um pouco, como guerreiros com regeneração ou clerigos com tradicionais curar ferimentos mínimos. Novamente a vontade de uso. vc perder uma ação que poderia matar um inimigo pra curar um golpe dele já uma perda alta pra poder fazer isso só umas vezes por dia.

    a ultima eu concordo.

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