quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Roll X Role - Coment que virou Post

Pessoal!

A discussão no último post foi tão bacana que até gerou um tópico derivado no blog amigo da "Toca de Gnomo" - http://tocadegnomo.blogspot.com/2009/02/interpretacao-versus-regras.html - Leitura recomendada a todos!

[EDIT ON]
Olhem também o blog do Anão Picareta, que está tratando do tema!
http://anaopicareta.blogspot.com/2009/02/wargame-vs-roleplay.html
[EDIT OFF]

Como a discussão se alongou bastante, fiz um comentário que acho que ficou bem legal e acabei de "promovê-lo" a post!

Ai segue:

Olá!

Eita que discussão acalourada!

Não sou o dono da verdade, mas quero colocar um pouco de razão na discussão...querendo ou não invariavelmente, sempre que falamos de "roleplaying" acabamos voltando à velha discussão de DnD X Storytelling.

Concordo quando vocês colocam que o roleplaying não depende única e exclusivamente do jogador, mas existem sistemas que incentivam mais a interpretação, assim como concordo com a colocação de que o DnD é praticamente um Wargame mais complicado.

Mas vamos fazer uma analogia

Um jogo de DnD descompromissado e com jogadores avacalhados acabará sendo um jogo um 99% de Roll e 1% de Role. No entanto um grupo mais engajado, e motivado e que queira fazer um jogo diferenciado pode chegar a fazer um jogo com 50%/50%

Por sua vez o Storytelling se jogar com um grupo avacalhado (x-men noturnos) acabará com um relação de 70% Roll X 30% de Role, mas se o grupo for um grupo experiente e tudo mais a relação poderá ser 90%/10%.

O que eu quero concluir é que o sistema storytelling é mais propício para o Role, mas um grupo bacana de DnD pode ter uma experiencia de Role igual ou maior que um grupo mediano de Vampire.

Não gosto da separação que "encontros sociais" são de Roleplaying e encontros de combate são Rollplaying. Considero que você pode realizar uma excelente interpretação mesmo em jogos mais focados em combate, adicionando pequenas "perks" no seu personagem, tipo o Cleric que sempre clama pela força de seu deus fazendo uma oração a cada cura realizada, ou o mago que não gosta de matar monstros e sim captura-los para realizar experiencias depois, ou o anão que tem uma relação amorasa com seu machado de batalha e por ai vai...

Abs e até a próxima

NC.

8 comentários:

  1. Cara eu postei alguma coisa a respeito no meu blog. Caso queira dar uma olhada:

    http://anaopicareta.blogspot.com/2009/02/wargame-vs-roleplay.html

    PS: teu blog tá massa.

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  2. Êeee, essa discussão de novo. O Gnomo ainda tá revoltado chamando todo mundo de texugo (vide dados limpos) por quê alguém (não incrimino o Picareta e o Tiba porquê sou amigo deles) chamou D&D de Wargame.

    NC, pelo menos tu tá vendo só no Blog, eu vejo ao vivo umas duas vezes por semana. Vou comentar na toca lá.

    PS.: Eu acho que cenários detalhados+sistemas detalhistas (como GURPS, onde bater no joelho é diferente de bater na cara) estimula roleplay.

    Como? Opções. Fui jogar 4e e não consegui montar um background pq a descrição do cenário da aventura pronta era tão ridículo que não mostrava nem as origens de cada raça, de que lugar elas vem.

    É mais fácil intepretar um personagem que manca de um joelho e odeia orcs quando ele isso passa a ser um fato que pode acontecer em combate - ele ser atingido no joelho por um goblin (como em Tagmar ou GURPS), mas que não acontece em D&D ou 3D&T simplesmente pq não tem regra pra isso.

    PS2.: O Gnomo é testemunha - numa campanha do ano passado fizemos uma mini-campanha (relatada no início do blog joaobabao.blogspot.com, deu ao gnomo o apelido carinhoso de nazista) onde a primeira rolagem de dados aconteceu na terceira sessão (e as sessões eram longas). Antes disso o máximo que houve foram testes de vontade e de uma ou outra perícia.

    Roleplaying em D&D 3.5 :-|

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  3. Eu não tenho a menor dúvida que um sistema com três atributos sociais, por definição, tem mais incentivo a situações sociais que outro que só tem um. E que um sistema onde praticamente todas as informações da sua ficha são voltadas ao combate tem mais incentivo à soluções não diplomáticas.

    Agora, percebam que isso não tem nada a ver com Roleplay. Mas, situações sociais são mais intuitivas para se representar, só isso. GURPS nem tem atributos sociais e dá pra fazer roleplay pacas.

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  4. off-tópic: puxa ficou legal o debate sobre o assunto. Retratado em alguns blogs, comentários com pontos de vistas e "provas". Isso a comunidade RPGistica. Fico muito feliz quando vejo esse tipo de coisa (mesmo que em algo tão polêmico - acho que isso seria quase como discutir sobre time de futebol ou religião :P:P:P)

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  5. Também estou bastante satisfeito com essa discussão =D

    Cada um sempre vai ter uma opinião diferente, geralmente baseada em experiências pessoais e "história de vida rpgística", podemos argumentar e apresentar fatos para embasar nossos argumentos, mas no final das contas é a história que cada um tem com sistemas e cenários que vai determinar sua visão de roleplay ou rollplay.

    Para Lucas (Tonho) e Diogo (Anão) o GURPS é um sistema com muito roleplay enquanto pra mim é rollplay, para eles o Storyteller é rollplay enquanto para mim é roleplay. Simplesmente porque eles tiveram boas experiências de roleplay em GURPS e eu não, enquanto eu tive boas experiências de roleplay em Storyteller e eles não.

    Quanto à questão do cenário da Keep on Shadowfell, tem muita oportunidade de roleplay ali, mas como a idéia era uma one-shot no carnaval eu não explorei nada sobre o cenário, mas para dar um exemplo, não existem Dragonborns e Eladrins nativos naquela região, portanto a Clériga e a Maga do grupo não poderiam ser amigas de infância dos outros PCs e teriam que ter uma boa justificativa no Background para estar naquela região, mas como eu queria só mestrar uma one-shot não me preocupei com isso.

    Ah, Nerdcore adorei a idéia do "arroto trovejante" kkkkkkkkkkkkkkkk

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  6. Sendo o "dono" do sutil Dragonborn, meu roleplaying inclui sempre fuder o stealth do grupo. Não que eu faça de propósito, mas o cara tem um histórico tão trapalhão que quando rolo o dado nestes testes a moçada já espera o 1 ou 2.

    Na verdade nosso grupo sempre foi meio infeliz nessas horas. Além disso nosso grupo tem a pessíma tendência de chutar as portas erradas e abrir em stealth as que deveriam ser abertas na porrada. Chega a ser cômico.

    No KoS, eu considero que pelo menos com meu Dragonborn foi possível fazer algum roleplaying que acabou por ajudar a party no final das contas. Verdade que meu irmão não me deu XP a mais, mas eu robei um revista em quandrinhos importada dele que chegou lá em casa, então tá tudo de boa.

    E devo ser sincero,gostei demais dessa aventura, ela ocasionou uma das mais celebres frases de uma mesa de rpg. Quando estavamos na sala do Sir Kegan, nosso querido Warlock do Mato disse:

    "Se tem ficha rola de matar."

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  7. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!! Adorei a frase!!! Pior é jpa tinha ouvido algo semelhante :P
    Ainda vou por fogo em uma floresta só p/ ver quando dá de XP... :P:P:P:P

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  8. Se tem um cara naquela dungeon capaz de um TPK, é o Sir Keegan... :)

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